quinta-feira, 15 de março de 2012

Consumo de carne vermelha pode aumentar risco de morte. Reduzir pela menos uma porção ao dia diminui este risco em cerca de 7% a 19%


O consumo de carne vermelha tem sido associado ao aumento do risco para desenvolver doenças crônicas. No entanto, sua relação com a mortalidade permanece incerta. Estudo publicado pelo Archives of Internal Medicine mostrou que o consumo de carne vermelha pode aumentar o risco de morte, enquanto que a substituição de uma porção de carne vermelha ao dia diminui o risco de mortalidade em cerca de 7% a 19%.

Um estudo prospectivo longitudinal contou com a participação de 37.698 homens do Health Professionals Follow-up Study (1986-2008) e 83.644 mulheres do Nurses' Health Study (1980-2008) sem doença cardiovascular (DCV) ou câncer no início da pesquisa. A dieta foi avaliada através de questionários alimentares validados e atualizados a cada quatro anos.

Os resultados documentaram 23.926 mortes (incluindo 5.910 por DCV e 9.464 mortes por câncer) durante o seguimento. Após ajuste multivariado para estilo de vida e fatores de risco alimentares, observou-se que o consumo de carne vermelha processada ou não processada aumenta o risco de mortalidade geral, por doenças cardiovasculares e por câncer. Estima-se que a substituição de uma porção de carne vermelha ao dia por outros alimentos (incluindo peixes, aves, nozes, legumes, laticínios com baixo teor de gordura ou grãos integrais) diminui o risco de mortalidade em cerca de 7% a 19%. Outra estimativa é que 9,3% das mortes nos homens e 7,6% das mortes em mulheres podem ser evitadas se todos os indivíduos consumirem menos de meia porção de carne vermelha ao dia (cerca de 42 g/dia).

Concluiu-se que o consumo de carne vermelha está associado a um risco aumentado de mortalidade para DCV, câncer e mortalidade geral. A substituição da carne vermelha por outras fontes de proteína relaciona-se a um menor risco de morte.

Fonte: Archives of Internal Medicine, publicação online, de março de 2012
Retirado de http://www.news.med.br.